O mundo acaba no próximo dia 21, dizem os jornais. Chega amanhã, ao Maranhão, o melhor Judiciário do Brasil. A Prefeita eleita de Guimarão toma posse no primeiro dia de janeiro.
Não aguento mais o presente do indicativo usado para indicar atos ou eventos que ocorrerão no futuro. Ocorrerão?
Mas afinal, por qual razão a mídia simplesmente enterrou o futuro do presente?
É bem verdade que o futuro do presente é formado pelo verbo no infinitivo, acrescido da partícula que remeterá a ação para o futuro. Mas para os nossos jornais, especialmente os das televisões, acham que basta o presente e o espectador que se vire para entender se o fato será no futuro ou ficará mesmo só no presente.
Roberval Teylor, locutor de uma rádio de Chico City, estralava os erres para chamar a atenção do futuro. “Choveráááá amanhã.”
Porém, como acho que os jornais possuem assessoria na escrita, só posso aceitar a falta do perfeito futuro como certeza da ausência de qualquer possibilidade de que o fato narrado venha a ocorrer. Nos exemplos dados acima, fatalmente o mundo não acabaráááá neste mês; o Judiciário do Maranhão continuaráááá do mesmo jeito e a Prefeita eleita de Guimarães não tomarááááá posse em janeiro.
Pelo amor de Deus, devolvam o nosso futuro, senão eu VOU ESTAR PEDINDO providências junto às autoridades.
Se alguém puder me esclarecer melhor a ausência de futuro, eu VOU ESTAR AGRADECENDO.
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